diluindo a confusão no ondular

Evolução

"Não é o mais forte que sobrevive,
nem o mais inteligente
mas o que melhor se adapta à Mudança"


A partir do momento em que a humanidade iniciou um processo de distanciamento da selecção natural, uma pequena parte, os mais privilegiados, fortes e inteligentes, passaram a procurar além de uma mera sobrevivência, para passarem também a moldar o seu meio-ambiente. Surge então o sedentarismo, passamos a armazenar alimentos, construir habitações, distribuir tarefas, dividir, organizar, surge a autoridade: os mais fortes, inteligentes e privilegiados. Esta minoria passa a ditar as normas, a moldar a nossa linguagem, forma de pensar, a nossa consciência. O resultado deste processo podemos vê-lo todos os dias nas nossas vidas.

Para podermos reconquistar um pouco da nossa integridade colectiva, uma redenção da alma humana, precisamos de uma capacidade individual e coletiva de recondicionamento, reconstrução, de desaprender o que foi aprendido. E para isto, a meu ver, precisamos de ser tão ou mais fortes e inteligentes que a minoria que nos colocou na situação em que estamos. Precisamos da capacidade de sermos vulneráveis e verdadeiros com nós mesmos e uns com os outros e de uma resiliência que nos permita navegar o desconforto e dor que advém de escolhermos este caminho. 

Mudança vem, para mal ou pior. Precisamos muito mais do que uma adaptação a uma mudança futura que a meu ver parece ser bastante sinistra e que seria não uma escolha nossa mas uma imposição. Precisamos de reconquistar a capacidade de causarmos nós a mudança para um processo que nos leve a um futuro sustentável e em equilíbrio com a nossa condição.

Igualmente importante: precisamos de sabedoria e clareza para distinguir entre o que deve ser mudado e o que não pode mudar, individualmente e colectivamente. Aqui entra a adaptação, aceitação. Apenas a minha perspectiva.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Bruno!
Sim concordo plenamente com este teu texto!
Penso que há cinco mil anos atrás esta raça humana perdeu o rumo na Babilónia. Este desvio está conduzindo-nos hoje em dia a um caos. Quem é o responsável?
A acumulação de insatisfação interior dos babilónios desencadeou uma mudança crítica na evolução global da humanidade.
O ambiente que prevalecia em todas as camadas sociais era o do “vale tudo” para se atingir determinados fins. Assim, todas as decisões desvirtuadas dessa antiga civilização foi o cerne da derrocada que deu origem ao impasse cultural e espiritual e que foi o precursor actual desta crise civilizacional global.
Sim esta raça humana evoluiu muito tecnologicamente, cientificamente, mas descuramos totalmente nossa evolução espiritual.
Nossas religiões, filosofias de vida, crenças, ajudam, mas não nos conduzem totalmente a preencher o vazio interior que sentimos e esse “vácuo” é a essência da crise desta raça humana.
Um abraço Fraternal
José Reis