diluindo a confusão no ondular

Viajemos leves neste rio














Rostos perdidos, momentos esquecidos
Sonhos desfeitos, arrependimentos mantidos
Surgem-nos nesta viagem como poeira nos olhos
É este o nosso peso, a dor de viver
Essa sombra que escurece o íntimo

E nestas águas que navegamos
O tempo que nos devora
O silêncio que não nos ouve
O negro que não se mostra
Sempre indiferentes se mostrarão

Viajemos leves neste rio
Não dependendo, de mãos abertas
Olhando as margens, sorrimos
Ao longe, o horizonte que nos espera
Onde as sombras não existem