diluindo a confusão no ondular

É algo curioso

Quem voa nas aves?
Quem espreita pelos nossos olhos?
As nuvens e as nossas mentes
Carregam esse curioso sem nome

Juntos percorremos às cegas
Caminhos incertos e labirintos loucos
Perdidos e cegos, falamos e pensamos
Para no fim, sozinhos e vazios, tombarmos na lama

A brisa traz consigo um sussurro
O curioso que espreita sopra o vento,
Cria tempestades, move continentes,
Acende estrelas como lâmpadas num quarto escuro,
E as apaga para dormir

Saber do Vazio curioso que espreita antes de tombar
Preenche-me, salva-me e de perdido passo a achado
Não por mim, nem por outro,
Nem por algo que possa ser mais que o silêncio

Já não caminho na lama, no incerto louco das certezas
Mas na indiferença da nuvem que me faz chover
Para ser lama, erva, flor, árvore, pássaro, folha
Brisa, terra, montanhas, mar, silêncio

Mostra-te
Quem és tu que lê estas palavras?
Que pensas que as compreendes?
Que bem sentes que não chegam?

A Civilização, o Ego e o Medo

In Hoc Signo Vintes de Zdzisław Beksiński
Vou com este texto tentar explicar qual a relação entre a Besta/civilização, o Ego e o medo.

O que é o Ego?

O Ego é um mecanismo, ou um filtro, que a nossa mente cria para se manter sintonizada com a realidade em que vivemos. O Ego está constantemente a fazer uma censura do infinito de informação e sensações que nos rodeiam, permitindo apenas captar os sinais que estão de acordo com o nosso programa mental, ou seja, crenças, padrões de comportamento, educação, etc., que assimilámos desde o início da nossa vida, e que são muito importantes para a integridade psicológica da pessoa.