diluindo a confusão no ondular

É algo curioso

Quem voa nas aves?
Quem espreita pelos nossos olhos?
As nuvens e as nossas mentes
Carregam esse curioso sem nome

Juntos percorremos às cegas
Caminhos incertos e labirintos loucos
Perdidos e cegos, falamos e pensamos
Para no fim, sozinhos e vazios, tombarmos na lama

A brisa traz consigo um sussurro
O curioso que espreita sopra o vento,
Cria tempestades, move continentes,
Acende estrelas como lâmpadas num quarto escuro,
E as apaga para dormir

Saber do Vazio curioso que espreita antes de tombar
Preenche-me, salva-me e de perdido passo a achado
Não por mim, nem por outro,
Nem por algo que possa ser mais que o silêncio

Já não caminho na lama, no incerto louco das certezas
Mas na indiferença da nuvem que me faz chover
Para ser lama, erva, flor, árvore, pássaro, folha
Brisa, terra, montanhas, mar, silêncio

Mostra-te
Quem és tu que lê estas palavras?
Que pensas que as compreendes?
Que bem sentes que não chegam?

3 comentários:

António disse...

Lindo

Anónimo disse...

BELO!
Obrigado pela partilha do coração!
Fraternalmente
José

Anónimo disse...

paro,penso reflito
e não chego em conclusão de nada
viajo nos pensamentos vazios
talvez sou apenas mais um louco
nessa longa e confusa estrada..