diluindo a confusão no ondular

Por onde vamos?

Fala-se em Deus, de Amor, de Verdades, ideais, liberdade
Temos filosofias, religiões, cultos, rituais, ciências
Temos padres, políticos, generais, intelectuais, cientistas
Temos máquinas, artes, monumentos, armas
Mas não temos nada, não sabemos nada
Estamos perdidos, confusos, adormecidos
Consumimos, destruímos, matamos, mentimos

O Eterno

No espaço, a forma
No silêncio, o som
Na mente, o pensamento
No coração, a dor
No Ser, o Universo
No Nada, o Sonho
Eu, tu, nós, tudo

Uma questão de Ser

Infinitas possibilidades.
Cada pensamento um grão de poeira ao vento.
Todas estas teorias, opiniões, ideias e palavras derivam do confronto entre o Paradoxo da Vida e a mente humana. Quando confrontados com o conceito de Infinito e a realização do Ser interior, acedemos a um estado de consciência em que parece que podemos mais facilmente ligar os pontos, montar o puzzle. Mas também parece ser algo onde tudo é possível, o ligar dos pontos nunca termina, e no final temos um emaranhado de fios. Sinto que há sempre uma peça que não bate certo, há sempre algo que não encaixa. E essa peça que não encaixa tem a ver comigo, sou eu próprio. Apesar de eu perceber todos estes conceitos continuo a sentir-me insatizfeito. Porquê?

O que escrever?

O Sol Negro
Tenho alguma dificuldade em escrever aqui porque nunca sei o que vou escrever e muitas vezes penso que o que vou escrever vai acabar por ser lido por alguém. Então esforço-me, a mente esforça-se demasiado para conseguir algo, refinado, inteligente, magnífico.
De onde vem essa vontade de querer mostrar, de querer perfeição, de querer atingir algo? Vem do medo de ser julgado? De pensarem "Ele não escreve bem." ou "Não percebo bem o que ele quer dizer, parece-me mais um maluquinho com ideias fantásticas, mais um pseudo-filósofo iludido"? Talvez.

Liberdade na Mente - Pt1
Condicionamento

A mente
Ao nascermos neste mundo, mergulhamos numa espécie de rio de informação, onde cada um de nós é forçado a desempenhar um papel neste drama que parece ter sido escrito por um louco idiota. Uma mente pura, vazia, virgem como a da criança, não tem outra alternativa senão identificar-se, assimilar as regras e participar neste jogo em que vivemos.
Como um papel fotográfico tirado da caixa e exposta à luz Solar, a mente da criança vai dar início a um processo de assimilação de informação e aprendizagem através da observação e imitação do seu meio ambiente. Num ambiente que nem sempre é de compreensão e amor, mas de chantagem emocional, castigo e repreensão, o futuro adulto inicia desta forma a construção da sua personalidade, aprendendo uma linguagem, e educação dualisticas, preparando-nos desta forma para o jogo da civilização do "ganha ou perde".

O Infinito é o Vazio, e Deus um macaco

Deus
Na sua essência mais fundamental, não existe separação, todos nós somos Vida, gotas de chuva que se separam da nuvem e temporariamente viajam no espaço, separadas pelo espaço, em direcção ao seu destino, diferentes gotas do mesmo Oceano. Quando respiramos, lembramo-nos que são as árvores que nos permitem respirar. Quando contemplamos uma flor, podemos descobrir que um pouco da nuvem que passa por cima de nós, está nessa flor. Quando comemos uma maçã, podemos perceber que a terra que alimenta a árvore, faz também parte da maçã. Quando contemplamos o Sol, sentimos que o seu calor não é diferente do calor de um corpo humano. Tudo está em tudo, e tudo depende de tudo. A separação aparentemente percepcionada por nós é ilusória, resulta da nossa ignorância da verdadeira natureza das coisas.

Libertem os Mágicos

Universo
A Revolução, Evolução, e a oportunidade para um paraíso na Terra, têm início no coração e mente de cada criança que nasce neste planeta.
Isto por duas razões: uma criança recém-nascida é um veículo vazio de informação. A sua mente é pura e vazia de conceitos e crenças, totalmente identificada com o Mundo do Sonho, o Coração. A segunda razão é que a criança se for respeitada, cuidada, e mantida livre, poderá trazer a este mundo o ingrediente que nos falta: Magia, a habilidade de moldar a realidade de acordo com a sua Verdadeira Vontade, através do uso do mais fantástico e poderoso dom humano: a imaginação, a habilidade de criar, de sonharmos acordados.